quinta-feira, 17 de agosto de 2017


Mas me sinto dolorido. A cada dia mais, o peito dói. Eu nunca imaginava uma dor assim.
Imagino se é assim que se sentem as pessoas que perdem alguém que nunca mais verão... O tempo passa e eu digo a mim mesmo que vou me acostumar.
O tempo passa e eu continuo com a oração de sempre de que a vida vai dar certo, de que eu tenho muito pra ser feliz... Mas no fundo, sempre vai faltar algo.
Já entendi que nasci pra sofrer pela distância. É meu carma, é minha sina. Só não aprendi ainda a lidar com isso. Ela vai sempre me deixar com aquela marca de sempre, que eu conheço desde criança.
Aquela marca que arde, que dói, que sangra, que me faz chorar, todos os dias por dentro, alguns outros (quando acumula demais) por fora.
Me sinto triste, não por estar sozinho, mas por não poder estar junto. Por não fazer parte.
Por não poder fazer parte.

Me sinto triste porque sei que o tempo guarda sequelas. Quando a cicatriz tem muito tempo ela cria uma casca dura.

Enfim. Chorando a gente segue, mas aprende. Chorando a gente segue, mas segue...

Ou um dia desiste de seguir.
Quem sabe um dia eu tenha a coragem para deixar de seguir e acabar com a dor.
Ou não.
Não sei.

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