quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O álbum

Ontem passei um bom tempo olhando meu antigo álbum. Digo meu antigo porque não sei mais se posso chamá-lo de nosso.
E sempre quando vejo as fotos, me lembro da ultima vez que o vimos juntos.
Você me entregou já sabendo\adivinhando\percebendo o que aconteceria. Já me entregou sabendo que seria o último presente que me daria. Assim como eu percebi que no fim do álbum, eu estive sozinho. Entre todas as fotos que poderiam ter sido colocadas, entre todas as que tínhamos, você me colocou sozinho, em todas. No final, eu estive sozinho. Até no álbum. rs
Me dói lembrar como foi perceber isso tanto no momento quando eu recebi o álbum, quanto no momento quando ainda o abro para ver as fotos. A dor é a mesma. Idêntica. O tempo não amenizou nem um pouco. Estranho, não?
Triste mais ainda é saber que, assim como o álbum, quando eu acabo de ver as fotos, tenho que fechá-lo, assim como tenho que me fechar, e lembrar sempre que o que estão ali são só lembranças. Quando o álbum se fecha me lembro das fotos, quando eu me fecho, me lembro de você. Mas são só memórias. Somente o que me foi deixado, somente o que tenho em mim. Memórias. Às vezes acompanhadas de sorrisos, maioria das outras vem molhadas de saudade.
Enfim...

enfim.

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