Sentimentos

E naquela convenção, a mestra superioridade conduzia os eventos que se seguiam.
Espalhados pelo salão estavam todos os diversos tipos de sentimentos conhecidos, levando ao êxtase quem quer que ousasse presenciá-lo.
Em uma mesa ao canto, afastada, estava a solidão, sozinha, solitária, como sempre foi e como sempre vai ser. Do outro lado do salão podia-se encontrar uma das mesas mais agitadas no local, composta por euforia, alegria, vibração...
Noutro canto, mais serenos, conversavam mais intimamente, como velhos e longos amigos, a confiança e a compreensão. Cumplicidade e consciência também estavam ali.
Bem ao centro, chamando atenção, estava a paixão, toda inconstante. Ora vestida de ira, quando ignorada, hora de felicidade, quando atendida.
Porém, o que ninguém percebia, sentado, calmo, tranquilo, bem ao fundo, era o amor.
Este, por sua vez, sabia que uma vez que tudo se acalmasse e toda a euforia dos sentimentos se harmonizasse, seria sua tão esperada hora. Naquele momento todos ali perceberiam que, no fim de tudo, o amor sempre estará lá, como o mais paciente, fiel e presente entre todos.